Empresas morrem, Causas não.

By December 11, 2014 Uncategorized No Comments
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Uma pesquisa diz que 87% das pessoas não estão engajadas nas empresas onde trabalham e isso traz um prejuízo de US$ 450 bilhões por ano para as organizações. Outra pesquisa relata que 85% das pessoas deixam seus chefes. Outra pesquisa diz que 70% das pessoas são infelizes nas empresas onde trabalham. Outra detalha que apenas 20% das pessoas conseguem colocar os seus reais talentos dentro das empresas.

Quantas pesquisas serão necessárias para concluir que a empresa que conhecemos não funciona mais? Já passou da hora de questionar os obsoletos fundamentos da administração. A maioria não tem dúvidas de que a inovação virou necessidade básica na gestão. Porém, como fazer o novo dentro de algo velho? É preciso mais do que um reforma na visão dos negócios. É necessário criar a nova visão da empresa e sua forma de gestão. A empresa tradicional tem o seu ciclo de vida: introdução, crescimento, maturidade e declínio, ou seja, já nasce sabendo que irá morrer.

O famoso planejamento estratégico foi criado para aniquilar inimigos em guerras e foi absorvido pelo mundo empresarial com o objetivo de “ser mais competitivo que os concorrentes”. Ora, só há inimigos (concorrentes) quando se cria a guerra, ou seja, quando se cria o planejamento estratégico. A linha de produção em série de Ford foi inspirado em abatedouros de animais. Os atuais procedimentos usados ainda hoje na gestão de pessoas tiveram origem no âmago da cultura escravocrata.

Guerra, inimigos, abatedouro de animais, escravidão. Observe que a origem dos fundamentos da administração reflete os resultados que a maioria das empresas do mundo têm, isto é, negativo. Novos fundamentos precisam vir à tona para atender as necessidades latentes da era pós-industrial de uma forma criativa e não destrutiva. Este novo fundamento da administração deve ser originado de algo positivo.

“Onde cruzam suas paixões e talentos com as necessidades do mundo, aí estará o seu lugar.” A antiga citação do filósofo grego Aristóteles é a empresa do futuro. Defino este novo formato de empresa como Causa. As pessoas passam o maior tempo de suas vidas trabalhando e esta atividade precisa ser direcionada para a melhoria de vida de outros seres humanos e ainda sendo remunerado para isso. Este tempo de vida é muito precioso para desperdiça-lo com guerras, inimigos, abatedouros e escravidão.

Ter paixão no que fazemos para potencializar naturalmente nossos talentos, colaborando para preencher as necessidades de nosso mundo de forma contínua e ainda ter alto desempenho financeiro gradativo, é a consequência da nova empresa, a Causa.

Eduardo M. Borba é o criador do conceito da Inovação Natural (www.inovacaonatural.com.br) , fundador e diretor do Instituto MOBI, coordenador da Pós-Graduação em iNOVAção da Sustentare Escola de Negócios, diretor de Inovação/Projetos da Ajorpeme.